quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Excitação

Excitação. Não aquele estado de desejo sexual. Aquela sensação de adentrar no desconhecido, aquele frio na barriga por fazer alguma coisa arriscada, que você não sabe se vai dar certo ou não, mas que mesmo assim você adora fazer! Aquela euforia de sentir tudo o que não sentia a anos (4, mais precisamente). A certeza de que o coração, apesar da aparência de morto, ainda vive. Vive e está mais bobo do que nunca. "Coração bobo, coração bola, coração balão, coração de São João", que nem na música do Geraldo Azevedo! A vontade de pular, gritar, chamar à dança! Sim, a vontade de abraçar, de ficar muito tempo abraçado...

É nessa hora que você percebe que o homem é apenas uma criança maquiada. Ou, no caso, um adolescente apaixonado. De nada adiantam os livros de Dostoiévski, as finas (ou nem tão finas) ironias de Nietzsche, os poemas de Drummond, de nada valem as teorias de Kelsen, os ensinamentos de Reale ou as palavras de Foulcault, quando o coração deseja mesmo é arrebentar o peito, é sorrir como uma criança comendo uma barra de Chocolate (Hershey's, de preferência)! Ainda somos os mesmos, e é isso que vale a pena. Por que os fingimentos, aquela sensação de seguir todos os planos, fria e meticulosamente, quando podemos viver, e pagar pra ver no que vai dar? Por que andar pisando em ovos, analisando todos os passos, pensando em todas as alternativas, tentando não cometer "erros", quando podemos simplesmente tentar sorrir, e fazer sorrir?

Sei que tem muito mais do que queria nesse recado, sei também que muita gente pode não entender, por ser ele pessoal em demasia. Mas acho que não há uma pessoa que leia estas linhas que não tenha sentido essas sensações um dia na vida! Basta lembrar do primeiro beijo, do primeiro salário, ou do primeiro milhão...

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