Oh! gritos de incerteza no ouvido do velho tempo
Multidões de impropérios sujos como cheiro de amoníaco
Terríveis revelações de uma Cassandra no espelho
Vermes que corroem um dente podre de ouro de tolo
Oh! visões daquilo que há muito foi enterrado
Múmias cibernéticas com entranhas de metal à mostra
Antigos pactos com demônios caducos que caducam
Abrindo espaço para sussurros piores na escuridão
Oh! angústia de poder ter, mas ver esvaziar o ser
Translúcidos fantasmas do que poderíamos ser
Aquilo que não nos fortaleceu nos matou um pouco
Pedaços de carne caem pela estrada árida
Oh! que apenas os ecos do passado passam por nós
E seguem rumo a um futuro que não é nosso
Diante de um amanhã que se torna mais surrealista
Pedimos apenas poder colocar um pouco os pés no chão...
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Unknow #1
É só gritando que consigo me fazer ouvir
Com baldes de tinta eu esparramo cores
Só assim para tirar o preto-e-branco
Que escorre do canto dos olhos
Faculdades mentais imperfeitas
Pior nota no exame do Mec mental
Pior que parece algo definitivo
Como o amarelado das páginas dum livro
Crias de macacos pulam ao redor
São apenas frutos do auto-flagelo
E enquanto a fumus boni vita
É levada pelo vento para longe
Eu canto a canção dos tolos..
21/10/11
Com baldes de tinta eu esparramo cores
Só assim para tirar o preto-e-branco
Que escorre do canto dos olhos
Faculdades mentais imperfeitas
Pior nota no exame do Mec mental
Pior que parece algo definitivo
Como o amarelado das páginas dum livro
Crias de macacos pulam ao redor
São apenas frutos do auto-flagelo
E enquanto a fumus boni vita
É levada pelo vento para longe
Eu canto a canção dos tolos..
21/10/11
Esperteza Cruel
Brada e reclama o jovem cidadão
Ao ler a corrupção estampada nos jornais.
Mas não vê nada errado, não há nada demais,
Quando compra o gabarito do vestibular,
Ou em plena saúde, sonha em se aposentar,
Alegando uma rara e mortal doença do coração!
"Que país é esse?", pergunta a dona de casa
Quando fica sabendo do desvio de dinheiro da saúde.
Mas vive tentando tirar vantagens amiúde...
O troco a mais do mercado nunca devolveu,
O dinheiro achado no chão, teima em dizer que é seu
E faz gato de água para não pagar a embasa!
Urra contra a impunidade o trabalhador
Ao ver como é suja toda essa politicagem.
Mas nunca se arrependeu por usar da camaradagem...
Não foi preso por ter um amigo delegado,
Não paga pensão, o juiz é amigo do seu advogado!
Rouba do patrão metade do que alega ganhar com seu labor!
"Cada povo tem o governo que merece",
Esse é um ditado que é a cara do Brasil.
Pois furando fila, fingindo-se doente ou senil
E se apropriando do que der, onde vier a calhar,
É que a nação nunca seus eleitos poderá malhar.
Pois o povo, na esperteza cruel, com estes mais se parece!
21/10/11
Ao ler a corrupção estampada nos jornais.
Mas não vê nada errado, não há nada demais,
Quando compra o gabarito do vestibular,
Ou em plena saúde, sonha em se aposentar,
Alegando uma rara e mortal doença do coração!
"Que país é esse?", pergunta a dona de casa
Quando fica sabendo do desvio de dinheiro da saúde.
Mas vive tentando tirar vantagens amiúde...
O troco a mais do mercado nunca devolveu,
O dinheiro achado no chão, teima em dizer que é seu
E faz gato de água para não pagar a embasa!
Urra contra a impunidade o trabalhador
Ao ver como é suja toda essa politicagem.
Mas nunca se arrependeu por usar da camaradagem...
Não foi preso por ter um amigo delegado,
Não paga pensão, o juiz é amigo do seu advogado!
Rouba do patrão metade do que alega ganhar com seu labor!
"Cada povo tem o governo que merece",
Esse é um ditado que é a cara do Brasil.
Pois furando fila, fingindo-se doente ou senil
E se apropriando do que der, onde vier a calhar,
É que a nação nunca seus eleitos poderá malhar.
Pois o povo, na esperteza cruel, com estes mais se parece!
21/10/11
O escudeiro suspirante
Uma geração vivida. E para que?
O que produzimos ao mundo?
Ok, pro mundo é querer demais...
Mas o que fizemos para a cidade
Para sua família, para seus pais?
Quantos átomos de oxigênio desperdiçados!
Certo que detenho o título de cavaleiro
Mas de nada adianta, já que
Aunda me sinto como um escudeiro,
Ai! que anseio por raios gama
Ou qualquer fonte mística de força
Para fazer sair deste corpo verde
Um poder autêntico, maduro
Raios laser e tempestades
Ser capaz de mover mundos, acabar guerras!
Ou simplesmente encontrar meu lugar ao sol...
21/10/11
O que produzimos ao mundo?
Ok, pro mundo é querer demais...
Mas o que fizemos para a cidade
Para sua família, para seus pais?
Quantos átomos de oxigênio desperdiçados!
Certo que detenho o título de cavaleiro
Mas de nada adianta, já que
Aunda me sinto como um escudeiro,
Ai! que anseio por raios gama
Ou qualquer fonte mística de força
Para fazer sair deste corpo verde
Um poder autêntico, maduro
Raios laser e tempestades
Ser capaz de mover mundos, acabar guerras!
Ou simplesmente encontrar meu lugar ao sol...
21/10/11
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Destino #1
Destinos travados ao longo da estrada
Cruéis ligações nos feixes de luz
Tecidos bordados pelas Moiras
Planetas atordoados ao redor de um sol fumegante
Pegadas na areia, uma ao lado da outra
Rações diárias unidas na mesma vasilha
Cabeças protegidas pelo mesmo guarda-chuva
(com)partilhando sonhos, tristezas e a grande folha em branco
Cruéis ligações nos feixes de luz
Tecidos bordados pelas Moiras
Planetas atordoados ao redor de um sol fumegante
Pegadas na areia, uma ao lado da outra
Rações diárias unidas na mesma vasilha
Cabeças protegidas pelo mesmo guarda-chuva
(com)partilhando sonhos, tristezas e a grande folha em branco
terça-feira, 16 de agosto de 2011
A Morte Está Diante de Mim Hoje
Voltei a ler Sandman, e sempre gostei desses versos. Espero que gostem!
“A morte está diante de mim hoje:
como a recuperação de um doente,
como ir para um jardim após a doença
A morte está diante de mim hoje:
como o odor de mirra,
como sentar-se sob uma vela num bom vento
A morte está diante de mim hoje:
como o curso de um rio,
como a volta de um homem da galera para a sua casa
A morte está diante de mim hoje:
como o lar de um homem que anseia por ver,
após anos passados como um cativo”
(cf. recitado por Sandman)
“A morte está diante de mim hoje:
como a recuperação de um doente,
como ir para um jardim após a doença
A morte está diante de mim hoje:
como o odor de mirra,
como sentar-se sob uma vela num bom vento
A morte está diante de mim hoje:
como o curso de um rio,
como a volta de um homem da galera para a sua casa
A morte está diante de mim hoje:
como o lar de um homem que anseia por ver,
após anos passados como um cativo”
(cf. recitado por Sandman)
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Sem Título #2
Tela e retratos, umbrais passados a limpo
Tetos e vidros espalhados ao redor do calor da fogueira
Sons e imagens espalhados num turbilhão de curiosos impulsos
A vida gritando alegre em tons vermelhos e azuis
Curto o clima de paraíso astral
Enquanto crio felicidades com o vento que sopra ao léu
O grito que ecoa confunde-se aos tambores do meu diafragma
E a minha pele é esticada numa acorde de explosões febris
Sussura ao meu ouvido o sol, menina pequena e radiante
Fazendo travessuras nos corações das pessoas
"A vida dura apenas um sorriso ou uma lágrima", diz ela
"Apareço tempo suficiente pra vocês escolherem apenas um caminho"
O turbilhão anil toma violentamente minhas vistas
O céu acolhe e aninha-se nos meus braços
Chora como um bebê de lindos olhos azuis
E em sua testa tem escrito a palavra "amanhã"
Tetos e vidros espalhados ao redor do calor da fogueira
Sons e imagens espalhados num turbilhão de curiosos impulsos
A vida gritando alegre em tons vermelhos e azuis
Curto o clima de paraíso astral
Enquanto crio felicidades com o vento que sopra ao léu
O grito que ecoa confunde-se aos tambores do meu diafragma
E a minha pele é esticada numa acorde de explosões febris
Sussura ao meu ouvido o sol, menina pequena e radiante
Fazendo travessuras nos corações das pessoas
"A vida dura apenas um sorriso ou uma lágrima", diz ela
"Apareço tempo suficiente pra vocês escolherem apenas um caminho"
O turbilhão anil toma violentamente minhas vistas
O céu acolhe e aninha-se nos meus braços
Chora como um bebê de lindos olhos azuis
E em sua testa tem escrito a palavra "amanhã"
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Ondulações
Que o fruto do tempo caia sobre minhas costas
E que eu me afogue nas lágrimas dos perdidos nas eras
Que o sol seja o mais fiel companheiro canino
E que a lua seja a mais displicente amante
Que os relógios derretidos e as ampulhetas quebradas
Nos mostrem o caminho da vida e da morte
Que as ondas de calor das bombas futuras
Aninhem-se nos calores das manhãs de outubro
Que aquilo que nos doa seja perdoado
E que a mão cheia da morte iminente seja alisada
Longe de nós fugir do destino
Só desejo saborear as eras no colo da minha menina...
E que eu me afogue nas lágrimas dos perdidos nas eras
Que o sol seja o mais fiel companheiro canino
E que a lua seja a mais displicente amante
Que os relógios derretidos e as ampulhetas quebradas
Nos mostrem o caminho da vida e da morte
Que as ondas de calor das bombas futuras
Aninhem-se nos calores das manhãs de outubro
Que aquilo que nos doa seja perdoado
E que a mão cheia da morte iminente seja alisada
Longe de nós fugir do destino
Só desejo saborear as eras no colo da minha menina...
Sem Título #1
pepepe papapa caixa de fósforo
casco de cavalo, pele de gia
tamanduá bandeira sentado na pia
casa no campo, estalos matinais
sede de sangue correndo nos umbrais
sair do saber sentindo aguarrais
ferida no casco do velho navio
alegorias selvagens do homem mais sombrio
cavalo arisco, mais que fugidio
raio de sol a iluminar o amanhã
febre bandida, febre terçã
pai, mãe, filha e irmã
cavalo marinho na sobra do mar
valha-me Deus, amanhã vou voltar
no colo da donzela vou me aninhar
casco de cavalo, pele de gia
tamanduá bandeira sentado na pia
casa no campo, estalos matinais
sede de sangue correndo nos umbrais
sair do saber sentindo aguarrais
ferida no casco do velho navio
alegorias selvagens do homem mais sombrio
cavalo arisco, mais que fugidio
raio de sol a iluminar o amanhã
febre bandida, febre terçã
pai, mãe, filha e irmã
cavalo marinho na sobra do mar
valha-me Deus, amanhã vou voltar
no colo da donzela vou me aninhar
sábado, 19 de março de 2011
Meu mar
Nas terras da solidão,
Próximo à estrada da depressão,
Há um imenso e belo mar.
Suas águas são claras e transparentes,
Areias finas e brancas,
Águas turbulentas, cheias de sentimentos.
Ao mergulharmos neste mar
Vemos corais de insegurança,
Carcaças de antigos namoros naufragados,
Falhas surgidas quando o mar ainda era criança.
Suas águas provocam redemoinhos
E abrigam diferentes espécies de peixes-emoções:
Cardumes de peixes-tédio,
Enguias de medo espreitam as fendas
E baleias gigantes de amor ressoam seus cantos.
Mas bem lá no fundo,
Escondidos de piratas e saqueadores,
Esconde-se o maior tesouro deste mar.
Brilhando e iluminando a escuridão
Está a pessoa mais maravilhosa do mundo!
Próximo à estrada da depressão,
Há um imenso e belo mar.
Suas águas são claras e transparentes,
Areias finas e brancas,
Águas turbulentas, cheias de sentimentos.
Ao mergulharmos neste mar
Vemos corais de insegurança,
Carcaças de antigos namoros naufragados,
Falhas surgidas quando o mar ainda era criança.
Suas águas provocam redemoinhos
E abrigam diferentes espécies de peixes-emoções:
Cardumes de peixes-tédio,
Enguias de medo espreitam as fendas
E baleias gigantes de amor ressoam seus cantos.
Mas bem lá no fundo,
Escondidos de piratas e saqueadores,
Esconde-se o maior tesouro deste mar.
Brilhando e iluminando a escuridão
Está a pessoa mais maravilhosa do mundo!
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