sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Echoes

Oh! gritos de incerteza no ouvido do velho tempo
Multidões de impropérios sujos como cheiro de amoníaco
Terríveis revelações de uma Cassandra no espelho
Vermes que corroem um dente podre de ouro de tolo

Oh! visões daquilo que há muito foi enterrado
Múmias cibernéticas com entranhas de metal à mostra
Antigos pactos com demônios caducos que caducam
Abrindo espaço para sussurros piores na escuridão

Oh! angústia de poder ter, mas ver esvaziar o ser
Translúcidos fantasmas do que poderíamos ser
Aquilo que não nos fortaleceu nos matou um pouco
Pedaços de carne caem pela estrada árida

Oh! que apenas os ecos do passado passam por nós
E seguem rumo a um futuro que não é nosso
Diante de um amanhã que se torna mais surrealista
Pedimos apenas poder colocar um pouco os pés no chão...

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