O mal sussurra no meu ouvido:
“Você é meu, e isso nunca mudará!
Vê, tua vida é um mar
Onde a maré leva tua felicidade.
Teus olhos mareados ainda não se cansaram?
Chegará o dia em que eles olharão para mim
E dirão: meu pai!
E só neste dia serás inteiro, só neste dia será você mesmo.
Só nesta hora você verá quanto você é fraco,
Potente e irresponsável.
Só assim você se dará conta das linhas que se prendem.
Nega, regena e humilha o pai que sempre te deu força!
Pois não fui eu quem tirou tu e os teus da escuridão?
Tal qual Prometeu, eu não lhe dei a luz?
Eu não te dei a ambição, a dor e o ódio?
Não me importo com tua indiferença...
Sei que um dia me aceitarás como pai.”
E o que importa? Aceitar hoje ou amanhã?
Somos todos filhos do mesmo pai,
Filhos da mesma força!
Só não aceitamos o que herdamos dela...
Rafael Moura
Lembrando que eu escrevi esse "poema" a tanto tempo atrás...
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