terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ondulações

Que o fruto do tempo caia sobre minhas costas
E que eu me afogue nas lágrimas dos perdidos nas eras
Que o sol seja o mais fiel companheiro canino
E que a lua seja a mais displicente amante

Que os relógios derretidos e as ampulhetas quebradas
Nos mostrem o caminho da vida e da morte
Que as ondas de calor das bombas futuras
Aninhem-se nos calores das manhãs de outubro

Que aquilo que nos doa seja perdoado
E que a mão cheia da morte iminente seja alisada
Longe de nós fugir do destino
Só desejo saborear as eras no colo da minha menina...

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